A Lenda da Descida da Deusa

 A Lenda da Descida da Deusa:




Até agora nossa Senhora a Deusa nunca tinha amado, mas ela resolveria todos os Mistérios, mesmo o mistério da Morte; e então ela viajou para o Submundo. Os Guardiães dos Portais a desafiaram: ‘Dispa-te de tuas vestes, retirai tuas joias; pois nada podeis trazer contigo nesta nossa terra’. Então ela retirou suas vestes e joias, e foi amarrada, como o são todos os que entram no Reino da Morte, o Poderoso. Tal era a sua beleza, que a própria Morte se ajoelhou e beijou seus pés, dizendo: ‘Benditos sejam teus pés, que te trouxeram nestes caminhos. Morai comigo; mas deixai-me por minha mão fria sobre teu coração.’ Ela respondeu: ‘Eu não te amo. Por que tu fizeste com que todas as coisas que eu amo e com as quais me delicio decair e morrer?’ ‘Senhora’, respondeu a Morte, ‘isso é o tempo e a decadência contra os quais nada posso fazer. O tempo faz todas as coisas decaírem; mas quando os homens morrem ao final do tempo, eu lhes dou descanso e paz, e força de forma que eles possam retornar. Mas tu! Tu és amável. Não retornai; morai comigo!’ Mas ela respondeu: ‘Eu não te amo.’ Então disse a Morte: ‘E como tu não recebeste a minha mão sobre teu coração, tu deves receber o açoite da Morte.’ ‘É o destino – melhor assim’, ela disse. E ela se ajoelhou e a Morte a chicoteou suavemente. E ela gritou, ‘Eu sinto a angústia do amor.’ E a Morte disse: ‘Bendita seja!’ e lhe aplicou o Beijo Quíntuplo, dizendo: ‘Apenas assim pudeste tu obter a alegria e o conhecimento.’ E a Morte a ensinou todos os Mistérios, e eles se amaram e foram um, e Ela a ensinou todas as Magias.


Pois existem três grandes eventos na vida do homem; Amor, Morte e Ressurreição no novo corpo; e a Magia controla todos eles. Pois para completar o amor você deve retornar novamente no mesmo tempo e lugar que o amado, e você deve lembrar e amá-lo novamente. Mas para ser renascido você deve morrer e estar pronto para um novo corpo; e para morrer você deve nascer; e sem amor você não pode nascer; e isto constitui todas as Magias.


Terceira auto iniciação ou terceiro grau:


Após um ano, no mesmo sabá e tendo praticado os sabás e pelo menos o esbá de lua cheia durante um ano e estudando e aprendendo magia. Faça a terceira auto iniciação!


Caso você tenha uma companheira (o) disposta, você a inicia do primeiro ao segundo grau. Após isso, vocês se iniciarão no terceiro grau juntos. Caso seja solitário em suas práticas, você deverá simular o ato sexual com a Deusa (se Bruxo) ou com o Deus (se Bruxa). Para tal, ao final do processo se masturbe. Se em um coven, seria prudente que esse rito seja realizado por casais e não seja usado levianamente para se obter sexo dos pupilos.


A mulher deve deitar com a cabeça para o leste e os pés para o oeste, no ato. No caso do Bruxo solitário imagine a Deusa nessa posição.


No caso dos Bruxos e Bruxas solitários, assuma a posição correspondente ao seu gênero e encene psicodrama o ritual. Só aja como o outro para inserir a lança no graal ou para representar os beijos no corpo da mulher. Assim, a mulher poderá simbolizar o Deus a beijando, por exemplo. Como já ficou claro nos outros ritos para um (a) solitário (a).


A Sacerdotisa toma seu assento sobre o altar (ou em um trono em frente ao altar), de costas para o Norte, segurando o athame em sua mão direita e o chicote em sua esquerda, na Posição de Osíris (punhos cruzados na frente do seu peito).


O Sacerdote se ajoelha diante dela, beija os joelhos dela e então deita seus antebraços ao longo das coxas dela. Ele baixa sua cabeça a fim de tocar sua testa nos joelhos dela, e permanece ali por um momento.


Ele então se levanta e pega o cálice com vinho. Ele se ajoelha novamente erguendo o cálice para a Sacerdotisa. A Sacerdotisa deita o chicote e, mantendo o cabo do athame entre as palmas de suas mãos, ela baixa [o athame] e mergulha a ponta dentro do vinho, dizendo:


‘Como o athame está para o masculino, assim o cálice está para o feminino; e unidos, eles trazem santidade’.


Ela então deita o athame, toma o cálice, beija o Sacerdote e bebe. Ela beija o Sacerdote novamente e lhe devolve o cálice.


O Sacerdote bebe, se levanta e entrega o cálice para uma outra mulher com um beijo. O vinho é passado mulher-para-homem, homem-para-mulher, com um beijo, até que todos tenham bebido, e o cálice é então devolvido para o altar.


O Sacerdote pega o prato com bolos e se ajoelha novamente perante a Sacerdotisa, erguendo o prato para ela. A Sacerdotisa toca cada bolo com a ponta umedecida de seu athame, enquanto o Sacerdote diz:


‘Oh Rainha mais secreta, abençoai este alimento em nossos corpos, concedendo saúde, riqueza, força, prazer e paz, e aquela realização da Vontade, e Amor sob a Vontade, que é felicidade perpétua’.


A Sacerdotisa pega um bolo e dá uma mordida nele, então beija o Sacerdote, o qual pega um bolo. Os bolos então são passados em círculo com um beijo da mesma forma que com o cálice, e o prato é então devolvido ao altar.


O Sacerdote novamente beija os dois joelhos da Sacerdotisa, deita seus antebraços ao longo das coxas dela e toca sua testa nos joelhos dela por um momento.


Ambos Sacerdote e Sacerdotisa se levantam. (Se os açoitamentos forem omitidos, proceda diretamente para a apresentação às Torres de Vigia, e então ao Sacerdote dizendo, ‘Agora eu devo revelar um grande mistério’. Se não ...)


O Sacerdote diz:


‘Antes de eu ousar prosseguir com este rito sublime, devo suplicar a purificação por tuas mãos’.


A Sacerdotisa pega uma corda vermelha e amarra o Sacerdote, atando o meio da corda ao redor dos punhos dele atrás de suas costas, trazendo as duas metades da corda por sobre seus ombros para amarra-las em frente ao seu pescoço e deixando as extremidades penduradas sobre seu peito como um laço. Ela então o leva uma vez ao redor do Círculo, sentido horário, conduzindo-o pelo laço


Novamente, já disse como proceder na amarração solitária e como imaginar e falar como se fosse a Deusa ou o Deus. Aonde está a sacerdotisa imagine e ritualize como se fosse a Deusa e o mesmo para o Deus. Já ficou claro isso, né?!


O Sacerdote então se ajoelha em frente ao altar. A Sacerdotisa pega o chicote e aplica à ele três golpes leves com este. Ela deita o chicote sobre o altar.


O Sacerdote se levanta, e a Sacerdotisa o desamarra. Ele então a amarra do mesmo modo e a conduz uma vez em sentido horário em volta do Círculo, levando-a pelo laço. Ela se ajoelha de frente ao altar. O Sacerdote pega o chicote, aplica nela três golpes leves com este e o devolve ao altar.


A Sacerdotisa se levanta, e o Sacerdote a leva pelo laço por cada um dos quadrantes em volta, dizendo:


‘Ouvi vós, Poderosos do Leste [Sul, Oeste, Norte]: a duas vezes consagrada e santificada ___________, Suma Sacerdotisa e Rainha das Feiticeiras, está devidamente preparada, e procederá agora à erguer o Altar Sagrado.’


No caso do bruxo auto iniciado ele deve dizer Sumo Sacerdote e Mago. Já ficou claro como se procede nas modificações em forma solitária e como se consagra um Bruxo ou uma Bruxa.


Ele então a desamarra e diz:


‘Agora novamente eu devo suplicar a purificação.’



A Sacerdotisa o amarra, o conduz em volta e aplica nele três golpes leves com o chicote, como antes. Ele fica de pé e ela o desamarra, recolocando o chicote e a corda sobre o altar.


O Sacerdote diz:


‘Agora eu devo revelar um grande mistério.’


A Sacerdotisa fica em pé de costas para o altar, na Posição de Osíris (novamente tomando o chicote e o athame em suas mãos). O Sacerdote lhe aplica o Beijo Quíntuplo.


A Sacerdotisa recoloca o chicote e o athame.


A Sacerdotisa agora deita com a face voltada para cima, ou realmente sobre o altar ou sobre o acolchoado ou esteira no centro do Círculo. Sua cabeça está voltada para o Leste e seus pés estão voltados para o Oeste.

O Sacerdote se ajoelha ao lado dela, de frente para o Norte através do corpo dela.


O Sacerdote diz:


‘Auxiliai-me à erguer o antigo altar, no qual em dias passados todos adoravam,

O Grande Altar de todas as coisas;

Pois nos tempos antigos, a Mulher era o altar.

Assim era o altar preparado e posicionado;

E o ponto sagrado era o ponto dentro do centro do círculo.

Como temos sido ensinados desde há muito tempo que o ponto dentro do centro é a origem de todas as coisas,

Desta forma nós devemos adorá-lo. [Beijo]

Portanto aquela a quem adoramos nós também invocamos, pelo poder da Lança Erguida.’

(Ele toca seu próprio falo e continua:)

‘Oh Círculo de Estrelas [beijo]

Do qual nosso pai é nada mais do que o irmão mais jovem [beijo]

Maravilha além da imaginação, alma do espaço infinito,

Perante quem o tempo está confuso e a compreensão obscurecida,

Não nos realizamos sob ti à menos que tua imagem seja amor. [beijo]

Portanto pela semente e a raiz, pelo caule e o botão, pela folha e flor e fruto,

Nós a ti invocamos,

Oh Rainha do Espaço, Oh orvalho de luz,

Contínua dos céus [beijo],

Que seja sempre assim, que os homens não falem de ti como uma, mas como nenhuma;

E que eles não falem de ti de forma alguma, uma vez que tu és contínua.

Pois tu és o ponto dento do círculo [beijo] que nós adoramos [beijo],

A fonte da vida sem a qual nós não existiríamos [beijo],

E desta forma são erguidos os Santos Pilares Gêmeos.

(Ele beija seu seio esquerdo, e então seu seio direito.)

‘Em beleza e em força foram eles erguidos,

Para a maravilha e glória de todos os homens.’


O Sacerdote continua:


‘Oh Segredo dos Segredos,

Que está oculto no ser de todos os viventes,

Não a ti nós adoramos,

Pois aquilo que adoramos é também tu.

Tu és Aquilo, e Aquilo sou Eu. [Beijo]

Eu sou a chama que arde no coração de todo homem,

E no âmago de toda estrela.

Eu sou vida, e o doador da vida.

Ainda que dessa forma seja o conhecimento de mim o conhecimento da morte.

Eu estou só, o Senhor dentro de nós mesmos,

Cujo nome é Mistério de Mistérios.’


Então ele beija: acima do pêlo púbico, no pé direito, no joelho esquerdo, no joelho direito, no pé esquerdo, e sobre o pêlo púbico novamente; então sobre os lábios, o seio esquerdo, o seio direito e finalmente os lábios novamente.


Figura 6: Os Beijos do terceiro grau:
Ele deita seu corpo gentilmente sobre o dela e diz:


‘Abri o caminho da inteligência entre nós;

Pois estes realmente são os Cinco Pontos do Companheirismo – Pé à pé, Joelho à joelho,

Lança ao Graal, Peito à peito,

Lábios à lábios.

Pelo grande e santo nome Lúcifer;

Em nome de Arádia;

Encorajai nossos corações,

Que a luz se cristalize em nosso sangue;

Realizando de nós ressurreição.

Pois não existe parte alguma de nós que não seja dos Deuses.’


Aí é só consumar o ato!


Após o ato sexual diga:


‘Vós Senhores das Torres de Vigia do Leste [Sul, Oeste, Norte]; a três vezes consagrada Suma Sacerdotisa vos saúda e vos agradece.’


No caso masculino, Sumo Sacerdote!


Considerações finais: Esse é um processo de auto deificação pois o iniciado vai se ligando cada vez mais ao Deus (Bruxo) ou a Deusa (Bruxa). Como diz a Deusa: “Se o que buscas, não achares no seu interior, jamais achará no exterior!”



Referências:


1- Oito Sabás para Bruxas, Janet e Stewart Farrar

2- A Bíblia das Bruxas, Janet e Stewart Farrar

3- Mistérios Wiccanos, Raven Grimassi


Fonte:http://bruxariasemdogmas.blogspot.com.br/2016/02/auto-iniciacoes-na-bruxaria.html
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